quarta-feira, novembro 26, 2008

Jesus na India

Jesus na Índia: Prefácio:

Jesus na Índia é uma versão de Masih Hindustan mein,um tratado urdu,de autoria do Santo Fundador da Comunidade Ahmadia do islam,Hazrat Mirza Ghulam Ahmad (1835-1908).

A principal tese defendida no tratado é a fuga de Jesus de uma morte ignominiosa na cruz e a sua posterior viagem para a Índia,em busca das tribos perdidas de Israel,que,segundo o Novo Testamento,deveria reunir sob seu comando.

As escrituras cristãs e muçulmanas,os antigos livros de medicina e de história,bem como os antigos registros budistas proporcionaram bastante provas sobre este tema.

Começando a sua viagem a partir de Jerusalém e atravessando Nasib e o Iran,prova-se que Jesus chegou ao Afeganistão,onde encontrou os Judeus que aí tinham estabelecido após a libertação da escravidão de Nabucodonozor.

Do Afeganistão,Jesus foi para Caxemira,onde se tinham fixado também algumas tribos israelitas e onde fundou o seu lar e morreu.

O seu sepulcro foi localizado na rua Krainar,em Sirinagar.

Na seção sobre provas extraídas dos antigos registros budistas,Hazrat Ahmad apresenta a solução de um problema,cuja natureza difícil confundiu,durante muito tempo,muitos escritores ocidentais,que ficaram impressionados com a extraordinária semelhança entre os ensinamentos cristãos e budistas e entre acontecimentos da vida de Jesus e de Buda,que foram revelados nas suas respectivas escrituras.

Alguns destes escritores defendem a teoria que não tem, porém, qualquer apoio
histórico,de que os ensinamentos budistas conseguiram alcançar a Palestina e foram assimilados por Jesus nos seus sermões.

Um viajante russo Nicolas Notovich,que viveu durante algum tempo entre os Lamas do Tibet,cujos livros sagrados mandou traduzir, é da opinião que Jesus deve ter estado no Tibet antes da crucificação e regressado à Palestina após ter assimilado os ensinamentos budistas.

Trata-se,contudo,de uma mera conjectura,sem o apoio de uma prova fidedigna.

Fonte do Texto : Comunidade Ahmadya Islâmica do Brasil,Paquistão,Iran e
Ìndia.

quinta-feira, novembro 20, 2008

A Ressurreição

É inquestionável que para Richard Wagner, como para todos os países cristãos, em geral, o Graal é a taça sagrada em que o Senhor de Perfeição bebera em sua última ceia; a divina taça que receberam o

seu sangue real, vertido da cruz no monte das Caveiras e recolhida, devotamente, pelo senador romano José de Arimatéia.

O grande cálice foi possuído pelo patriarca Abraão. Melquisedeque, o Gênio Planetário do nosso mundo, transportou-o, com infinito amor, do país de Semíramis à terra de Canaã, quando iniciou algumas fundações no lugar em que, mais tarde, estaria Jerusalém, a cidade querida dos profetas.

Utilizou-o sabiamente quando celebrou o sacrifício em que ofereceu o pão e o vinho da transubstancialização na presença de Abraão, e o deixou com este mestre. Também esteve este vaso santo na Arca de Noé…

Foi-nos dito que esta taça venerada foi levada, também, à terra sagrada dos faraós, ao país ensolarado de Kem, e que Moisés, o chefe dos mistérios judeus, o grande hierofante iluminado, a possui…

Antiquíssimas tradições milenares, que se perdem na noite aterradora de todas as idades, dizem que este vaso mágico era feito de uma material singular, compacta como a de um sino, e não pareciam ter sido trabalhada como os metais; ao contrário, pareciam produto de uma espécie de vegetação…

O Santo Graal é o cálice milagroso da suprema bebida, o vaso onde está contido o maná que alimentava os israelitas no deserto, o Yoni, o útero de eterno feminino… Nessa taça de delícias está contido o vinho delicioso da espiritualidade transcendente…

A conquista do “ultra-mare-vitae”, ou mundo superliminal e ultraterrestre, a ressurreição esotérica, seria algo mais que impossível sem a magia sexual, sem a mulher, sem o amor…

O Verbo delicioso de Ísis surge dentre o seio profundo de todas as idades, aguardando o instante de ser realizado…

As palavras inefáveis da deusa Neith foram esculpidas com letras de ouro, nos muros resplandescentes do Templo da Sabedoria… “Eu sou a que fui, é e será, e nenhum mortal levantou meu véu.”

A primitiva religião de Jano, ou Jaino, quer dizer, a áurea, solar, quiritária e super-humana doutrina dos jinas é absolutamente sexual…

Dentro do inefável idílio místico, comumente chamando “os encantos da Sexta-feira santa”, sentimos no fundo do nosso coração que nos órgãos sexuais existe uma força terrivelmente divina…

A Pedra da Luz, o Santo Graal, tem o poder de ressuscitar o Hiram Abif, o Mestre Secreto, o Rei do Sol, dentro de nós mesmos, aqui e agora…

O Graal conserva o caráter de um “misterium tremendum”. É a pedra caída da coroa de Lúcifer… Como força temível, o Graal fere e destrói os curiosos e impuros; porém, aos justos e sinceros os defende e lhes dá vida…

Inquestionavelmente, o Graal só pode ser alcançado mediante a Lança de Eros, combatendo contra os eternos inimigos da noite…

Realizar, em si mesmo, o mistério hiperbóreo só se torna factível, descendo aos mundos infernais… Dita ressurreição é a verdadeira apoteose, ou exaltação, do que há de mais elevado e vivente no homem: sua mônada divina, eterna e imortal, a qual se achava morta, oculta…

Indubitavelmente, esta é, em si mesma, o Verbo, o “fiat luminoso e espermático do primeiro instante”, o Senhor Shiva, o esposo sublime de nossa divina Mae Kundalini, o Arqui-Hierofante e o Arquimago, a sobre-individualidade particular de cada um…

Escrito está com caracteres de fogo no livro da vida: “Ao que sabe, a Palavra dá poder. Ninguém a pronunciou , ninguém a pronunciará, senão somente aquele que tem encarnado…”

Com a ressurreição do Mestre secreto em cada um de nós, alcançamos a perfeição na maestria…Então somos lavados de toda mancha, e o pecado original é eliminado radicalmente…

Eu trabalhei intensivamente na superobscuridade do silêncio e o segredo augusto dos sábios…

Reconquistei meu lugar no Primeiro Céu, ou da Lua, onde Dante tivera a visão dos bem-aventurados e reconheceu, extático, a Piccarda Donati e a imperatriz Constança…

Voltei a meu lugar no Segundo Céu, ou de Mercúrio, morada dos espíritos ativos e benéficos… Retornei ao Terceiro Céu ou de Vênus, região dos espíritos amantes, ali onde Dante se ocupara de Roberto, o rei de Nápoles…

Regressei ao Quarto Céu, ou do Sol, morada dos espíritos sábios, capítulo onde Dante citara São Francisco de Assis…

Reconquistei o Quinto Céu, ou de Marte, a região dos mártires da fé; capítulo onde Dante menciona Cacciaguida e seus maiores, a antiga e a nova florença…

Retornei ao Sexto Céu, ou de Júpiter, região dos príncipes sábios e justos…

Regressei ao Sétimo Céu, ou de Saturno, morada deliciosa dos espíritos contemplativos; magnífico capítulo onde o Dante florentino mencionara com grande ênfase, a Pedro da Minhão e falara contra o luxo dos prelados…

Voltei ao Céu Oitavo, ou Estrelado, região de Urano, parágrafos imortais onde Dante mencionara o triunfo do Cristo Íntimo e a coroação da Divina Mãe Kundalini. Paraíso dos espíritos triunfantes…

Retornei ao Céu Nono, ou Cristalino, a região de Netuno; capítulo extraordinário em que Dante lançara sua invectiva contra os maus pregadores…

Posteriormente tive que comparecer ante o Terceiro Logos, Shiva, meu Real Ser, minha própria sobreindividualidade, Samael é em si mesmo…

Então, o Bendito assumiu uma figura distinta diferente da minha, como se fosse uma pessoa estranha.

Tinha o aspecto de um cavaleiro muito respeitável…

O Venerável me pediu que fizesse um estudo quirosófico das linhas de sua mão…

A linha de Saturno em sua onipotente destra, pareceu-me muito reta surpreendente, maravilhosa ; no entanto, alguma parte me pareceu interrompida, danificada, quebrada…

- Senhor! O Senhor teve algumas lutas, sofrimentos…

- O Senhor está equivocado! Eu sou um homem de muita sorte. A mim sempre vai tudo muito bem…

- Bem… É que eu vejo um pequeno dano na linha de Saturno…

- Meça o senhor bem essa linha. Em que idade vê esse dano?

- Senhor!… Entre a idade dos cinqüenta e três (53) e os sessenta e um (61) tiveste uma época dura…- Ah!… Isso é no princípio… Porém, depois, que tal?

- Oito anos passaram muito rápido e logo o triunfo que te aguarda…

Concluindo o estudo, o Venerável pôs-se de pé e disse: “A mim me agradam estes estudos quirosóficos; porém, esporadicamente. À minha esposa (Devi – Kundalini) também lhe agradam e prontamente vou trazê-la. Ah! Porém tenho que pagar o seu trabalho. Aguarde-me o senhor aqui, que voltarei para pagálo…”

O Bendito afastou-se e eu o fiquei aguardando… Ao longe vi duas filhas minhas, agora pessoas maiores de idade; entretanto, pareciam ainda pequenas. Preocupavam-me um pouco e as chamei…

É indubitável que por aquela época da minha atual existência eu tinha os citados cinqüenta e três (53) anos de idade… Na mão do Bendito havia visto o meu próprio futuro…

Evidentemente as oito iniciações recebidas deviam ser qualificadas. Duríssimo: Um ano para cada iniciação…

Vivenciar agora, em oito anos, todo o Livro do Patriarca Jó, pagar os dízimos de Netuno antes da ressurreição… O Livro de Jó é uma representação completa da Iniciação antiga e dos povos que precediam a magna Cerimônia.

O neófito, nele se vê despojado de tudo, até de seus filhos, e afligido por uma enfermidade impura. Sua esposa o angustia, burlando da confiança que ele põe num Deus que o trata. E seus três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, atormentam-no, julgando-o um ímpio, seguramente merecedor de tal castigo…

Jó então, clama por um campeão, um libertador, porque ele sabe que este (Shiva) é eterno e vai redimilo da escravidão da terra (mediante a ressurreição íntima), restaurando sua pele.

Jó, por permissão divina vê-se atormentado, despojado, enfermo, sob a cruel ação desses seres malignos que Aristófanes chamou de “as negras aves”; São Paulo, “as cruéis potestades do ar”; a Igreja, “os demônios”; a teosofia e a Cabala, “os elementários”, etc., etc., etc…

Entretanto, como Jó é justo e entoa o tema de sua própria justificação frente a tais rigores do destino, vence, por fim, como o sagrado IT de sua crucificação na chaga da carne. E Jeová (o Iod-Heve interno de cada qual) permite que a ele se cheguem os anjos curadores, ou jinas, cujo clássico caudilho, em outros livros como o de Tobias, é o arcanjo Rafael.

Uma noite depois de uma festa cósmica em minha honra foi celebrada pelo motivo de haver sido bem qualificado na Primeira Iniciação, fui devidamente instruído…

- Tereis que pagar o crime de haver assassinado do Deus Mercúrio – foi me dito…

- Perdoai-me esse Karma…

- Isso não tem perdão e só se pode pagar trabalhando com a Lua.

Então vi como a Lua, em cada trabalho, acerca-se-ia mais e mais do planeta Mercúrio, até mesclar-se por fim como ele…

Meu Real Ser Íntimo, ou Deus Mercúrio, Shiva, minha mônada, acercando-se de mim, disse: “Tereis que usar as botas do Deus Mercúrio.” Posteriormente me calçou com tais botas…

Sensacional extraordinário foi para mim aquele instante em que o grande hierofante do Templo me mostrara um campo de desporte…

Olha! Disse-me. Tu converteste o templo de Mercúrio num campo de desporte…

Certamente todos assassinos Hiram (o Deus Mercúrio, nossa mônada), quando comemos da fruta proibida no jardim do Éden… Por isso se nos advertiu: “Se comerdes dessa fruta, morrereis…”

Posteriormente, o caminho tornou-se espantosamente difícil e eu tive que sofrer intensamente… É obvio que a senda do fio da navalha é absolutamente sexual. Tu sabes!

- Filho meu! Tens que sofrer com paciência as conseqüências dos seus erros. Exclamou minha Mãe Divina Kundalini…

Outra noite cheia de dor, minha Mãe exclama com grande voz, dizendo: - Filho meu! Tu me trocaste, lá no mundo físico por outras mulheres…

- Isso foi no passado, Mãe minha. Agora não te estou trocando por ninguém…

- Tu me trocaste por outras mulheres.

-Passado é passado, o que interessa é o presente. Eu vivo de instante a instante; faço mal em discutir contigo…

- Passado, presente ou futuro, tu és o mesmo…

- Tens razão, Mãe minha…

Como negar, pois, que havia convertido o templo de Mercúrio num campo de desporte?

E sucedeu que, tendo ido de ferias ao porto de Acapulco, nas costas do Pacífico, México, tive que ser instruído sobre a estigmatização do corpo astral…

Fora do corpo físico, um monge santo, um ermitão, tratou de atravessar as palmas das minhas mãos com propósito de me estigmatizar. Nos instantes em que aquele cenobita golpeava o cravo para perfurar minhas mãos, saltavam raios divinos…

Nesses momentos orei a meu Pai, que está em secreto, solicitando-lhe ajuda. A oração chegou ao Senhor…

É inesquecível que na Iniciação havia recebido tais estigmas, porém, de forma simbólica…

Na montanha da ressurreição devia forma-los, fazê-los na forja dos Cíclopes… O anacoreta conduzia-me até a Igreja Gnóstica. Shiva, minha mônada divina, andou junto…

Dentro do templo vi um religioso andrógino, vestido com a túnica purpúrea, junto à pia do batismo…

- É muito forte e responde muito bem; porém, falta-lhe cumprir melhor com o Sacramento da Igreja de Roma (Amor)… - disse o Mahatma, dirigindo-se à minha mônada…

Desde então compreendi a necessidade de refinar ainda mais a energia criadora. Assim foi como fiz do Maithuna uma forma de oração…

A inserção do falo vertical dentro do útero formal faz cruz. Inquestionavelmente, os cinco estigmas crísticos, no corpo astral, são formados com a santa cruz…

Não é possível a ressurreição sem haver previamente formado os estigmas do Adorável no corpo astral.

Assim formei eu mesmo meus estigmas; assim os formaram os místicos de todos os tempos…

INRI… “Ignis Natura Renovatur Integram”: O Fogo renova incessantemente a natureza.

(texto recebido por e-mail, sem os devidos créditos)